Liderança

Gestão de Pessoas: 7 erros que executivos devem evitar

Especialista em tomada de decisão Uranio Bonoldi elenca quais cuidados são necessários para que gestores estimulem desempenho de colaboradores

Ocupar cargos de liderança e gerir equipes pode ser uma tarefa desafiadora. A alta responsabilidade exige dos executivos maior atenção em seus trabalhos, compreendendo que o desenvolvimento de suas atribuições depende diretamente dos estímulos que oferecem às pessoas à sua volta. Pensando nisso, o escritor Uranio Bonoldi, autor do livro “Decisões de alto impacto: como decidir com mais segurança e consciência na carreira e nos negócios” aponta quais são os principais erros que líderes devem evitar na administração de suas equipes.

  1. Não delegar: para Bonoldi, é fundamental que um executivo saiba atribuir tarefas e responsabilidades para pessoas específicas, fazendo isso de forma analítica, considerando quais atividades serão melhor realizadas por quais colaboradores. “É importante pensar que cada indivíduo tem diferentes aptidões, e ao delegar tarefas isso pode ser um fator determinante na busca por resultados. Sabendo delegar, o executivo pode evitar sobrecarga de trabalho e obter o melhor desempenho de cada um da equipe”, diz.
  2. Não explicar o que fazer: Segundo Bonoldi, um erro comum que executivos cometem é se ater a dizer como algo deve ser feito e não deixar claro o que é para ser feito. “Precisamos sempre deixar bem pontuado qual é a atividade em si, além de indicar qual é o propósito que ela tem, para que o colaborador possa executá-la sabendo de sua importância. Portanto, dê importância ao ‘que’ e não ao ‘como’”, afirma.
  3. Não se comunicar com clareza: As falhas de comunicação podem gerar grandes frustrações, e por isso é importante pensar em meios individuais e coletivos para que haja maior transparência no meio de trabalho. “O executivo deve ser cuidadoso ao expressar suas orientações, opiniões e percepções, criando assim uma relação de confiança com o colaborador. E além disso, promover reuniões de gestão onde os envolvidos possam falar abertamente, e de forma respeitosa, ajudando a tornar a boa comunicação uma cultura da empresa”, pontua Bonoldi.
  4. Não dar e não pedir feedback: Como saber se o trabalho desempenhado tem sido bem realizado se as pessoas envolvidas não reportam se estão ou não satisfeitas? O feedback, nesse sentido, é fundamental para que tanto gestores quanto colaboradores saibam o que têm feito de bom e o que podem melhorar. “E é uma via de mão dupla. O executivo precisa também estar aberto para receber feedbacks, reconhecer potenciais falhas e estar disposto a se corrigir. Isso é parte do processo de evolução de qualquer trabalhador”.
  5. Não dar foco às pessoas: Deixar de reconhecer o empenho de cada membro das equipes é um mal caminho. Para Uranio Bonoldi, é importante que as relações sejam humanizadas. Afinal, quem não gosta de ser elogiado? É importante que o líder reconheça o esforço e o valor gerado pelo trabalho em público. Quando há erro ou má performance, é válido que o líder traga essa responsabilidade para si. “Quando fazemos isso, passamos a entender os erros e os acertos como etapas do aprendizado, reduzindo o peso da culpa, da frustração, e da pressão por bons resultados a qualquer custo”.
  6. Não transmitir de forma clara  o propósito, a missão, a visão e exercitar os valores da empresa: Para ter alinhamento pleno das equipes, na opinião do escritor, frequentemente o executivo deve relembrar os princípios  da companhia, sua missão, e mostrar que exercita seus valores. “Todos ali devem estar sempre cientes do porquê de estarem fazendo seus trabalhos e a responsabilidade pela execução cuidadosa e diligente. Isso garantirá boas práticas e evitará frustrações”.
  7. Não decidir: A procrastinação é perigosa para qualquer gestor. Deixar de tomar uma decisão ou delegar para outra pessoa pode colocar em risco o trabalho de toda a equipe. Demorar demais para fazer uma escolha, perder o “timing” e deixar que outra pessoa decida em seu lugar, lhe faz perder a confiança dos colaboradores e isso é muito ruim. “Decisões de alto impacto são fundamentais no mundo corporativo, e apenas o gestor pode fazê-las. Alguns métodos podem ajudar a fazer escolhas. O importante é ter consciência da responsabilidade enquanto líder e orientar seus colaboradores de forma bem posicionada, segundo valores corporativos, e avançar”, conclui o autor.

Sobre o autor:

Uranio Bonoldi é palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre “Poder e Tomada de Decisão”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO.

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