Fala Conselho

Hot Topics para os Conselhos em 2023

Diálogo é a palavra da vez: entre Conselho e administração, e ambos com stakeholders.

Foram consultadas as fontes: Forbes, Reuters, KPMG, PwC, Delloite, E&Y, IBGC, FIA, Harvard.

Finanças

A inflação e as tensões geopolíticas seguem acirradas, no Brasil cenário incerto. Como a empresa monitora cenários econômicos para antecipar impactos nos negócios e na estrutura de capital e reagir a eles? impactos em juros, inflação, moedas, impactos em mercados consumidores e fornecedores, em fornecedores e clientes estratégicos, risco de performance, liquidez, crédito. Como a empresa gere custos e eficiência na cadeia de fornecimento e administrativa, salvar margem sem perder talentos e espaços? Há oportunidades de M&A? A empresa deve ter clara sua estratégia e estar atenta.

Proposta de Valor – ESG e Talentos

As chuvas nos lembram que em 2023 as empresas não podem largar o foco ESG. Conhecer e divulgar o seu impacto e a estratégia “net zero”, messurar e gerir os ativos naturais. Autoridades como a SEC exigirão em breve divulgar detalhadamente metas, planos responsabilidades dos Conselhos e gestores.

Ainda na agenda ESG, gestão de talentos segue na vibração da diversidade, dentro do próprio Conselho de Administração, e ainda no plano de sucessão do Conselho e da liderança. Quem são os talentos de amanhã? onde estão em falta? em que precisam se desenvolver? Qual é a jornada do colaborador, a cultura e o propósito da empresa que atrairão e reterão esses talentos? onde estão os gaps?

Um propósito muito claro, traduzido em ações objetivas do dia-a-dia dos colaboradores é muito relevante para não frustrar resultado e sustentabilidade.

O Conselho na Tribuna

A exigência quanto ao dever fiduciário e pessoal dos Conselheiros é crescente, no Brasil e no mundo, bem como a exigência de transparência. O Conselho deve subir sua régua de auto-crítica e exigir mais administração. A partir dos novos temas relevantes da empresa, é necessário reavaliar se a estrutura e a composição dos Conselhos e seus comitês de assessoramento é a mais adequada. Se as agendas cobrem com a prioridade adequada os temas relevantes, se há diálogo na frequencia e profundidade suficiente com a administração, stakeholders sobre os temas, se as rotinas de gestão, acompanhamento e divulgação desses principais temas, que incluem riscos, são conhecidas, formalizadas, se estão bem estruturas. Entender se as divulgações feitas a mercado estão em grau suficiente sobre a governança do conselho e se passam a mensagem correta sobre os temas relevantes da empresa.

Tecnologia: inovação e riscos

Outro tema que segue presente é a inovação tecnológica que traz consigo a necessidade de garantir a segurança da informação e cibernética. A empresa deve fazer sua transformação tecnológica,  inovar, sem descuidar dos processos e controles. O Conselho deve ter assessoramento e conhecimento técnico para supervisionar a identificação e gestão desses novos riscos, oportunidades e controles.

Fontes para Hiperlink

Forbes: A ‘Twist’ On Top Ten Governance Trends For 2023 (forbes.com)

Reuters: Peter Thal Larsen  Being ready for anything is top priority for 2023 | Nasdaq

KPMG: Prioridades para Conselhos de Administração em 2023 – KPMG Brasil

PwC: Trends shaping corporate governance in 2023: PwC

Delloite: deloitte-uk-on-the-board-agenda-2023.pdf (deloitteacademy.co.uk)

E&Y: Americas board priorities 2023: How to build resiliency in uncertain times | EY – Global

IBGC/FIA: IBGC | Conselhos de administração enfrentam desafios em 2023

Harvard: Thoughts for Boards: Key Issues in Corporate Governance for 2023 (harvard.edu)

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Lavinia Junqueira

Lavinia é advogada, fundadora do Junqueira Ie Advogados. É reconhecida por sua experiência na estruturação de operações financeiras e de mercado de capitais, bem como por sua atuação em reestruturações societárias no Brasil e no exterior. Sua trajetória profissional também inclui ampla experiência em M&A, acompanhamento e coordenação de gestão tributária e societária de conglomerados financeiros e não financeiros nacionais e globais e operações de reestruturação de dívidas judiciais e extrajudiciais. É membro de Comitê de Auditoria da Totvs e do Comitê de Investimento do FIP Parques; bem como do Conselho Fiscal do Instituto Natura. Esteve por 10 anos no comitê de auditoria da Natura, também com passagem por comitê do Banco Pine.

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