ESG

ESG: Movimentos de sustentabilidade para consolidar e valorizar sua marca em 2023

O início de um novo ano é marcado por momentos de reflexão e de novos planos. O ano de 2022 foi especialmente complexo para os negócios, em um momento de busca de retomada ainda sob os efeitos da pandemia de Covid-19 e as incertezas das eleições presidenciais, da reação do mercado, desafios logísticos, mudanças no comportamento do consumidor e até uma inédita Copa do Mundo em dezembro. Ainda assim, com base na análise de um conjunto amplo de variáveis, a Dimac/Ipea prevê um encerramento de ano com um aumento do PIB, de 3,1%.

Neste contexto de incertezas e crescimento, as empresas buscaram investir em tecnologia, conectividade e equipamentos acessíveis, aumentando os níveis de produção a partir da automação, buscando melhoria da produtividade. Em 2023, a tendência é que esse movimento se consolide ainda mais. De acordo com o relatório “Top Strategic Technology Trends 2023”, divulgado pela Gartner, para o próximo ano, as empresas devem ter intrínsecos em sua gestão três pilares essenciais: otimização, escalabilidade e pioneirismo, sendo todos eles aliados a ações em prol da sustentabilidade.

Com base nestas avaliações e previsões, é fundamental refletir sobre o fato da sua empresa estar ou não preparada para estas demandas, além de revisar se os planos definidos para o ano de 2023 estão alinhados com estas questões trazidas no relatório da Gartner, em especial quanto a sustentabilidade. Sua empresa é uma opção viável de investimentos sustentável, capaz de gerar impactos positivos dos pontos de vista ambiental, social e financeiros?

Sustentabilidade

Para trabalhar estes pilares, é basilar avaliar alguns conceitos relacionados a sustentabilidade, que é uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível e por um determinado tempo. Trazendo para um contexto empresarial, a sustentabilidade é uma maneira de suprir as necessidades do presente sem prejudicar as gerações futuras, ou seja, um conceito que envolve práticas mais conscientes, ecológicas e econômicas.

A busca por práticas sustentáveis tem crescido bastante e o debate em torno desse tema está cada vez mais popular, sendo que o ESG (Environmental, Social, and Governance) está cada vez mais presente nas empresas.

ESG

É um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerida. Trata-se de uma forma de medir o desempenho de sustentabilidade de uma organização, sendo que a sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento: Environmental (Meio ambiente); Social (Social) e; Governance (Governança). Está, portanto, relacionado à mensuração da performance de uma organização nas questões ambientais, sociais e de transparência e eficiência (gestão).

Essa é uma importante tendência, tendo em vista que as empresas têm mantido a preocupação em ter as práticas de ESG bem fundamentadas, como critérios de definição se a marca é socialmente consciente, sustentável, e corretamente gerenciada.

Tais fatores são determinantes no momento de avaliação e fechamento de negócios, que levam em conta as experiências dos outros. Considerando que passamos por mudanças nos hábitos de consumo, é uma obrigação das organizações trazerem novos insights quanto às suas condutas. Deste modo, é altamente recomendado que as empresas estejam atentas para as próximas tendências relacionadas ao tema e, sobretudo, levem em conta o cenário atual.

Reflexões

Repensar sobre as consequências da industrialização e como seus efeitos negativos afetam a vida de todo o planeta, levou grandes líderes a tomar partido nas causas ESG e torná-las parte integrada nos seus processos, dentro das áreas em que são citadas.

Este movimento iniciou após uma conferência promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas), com foco em questões ambientais e sobre desenvolvimento econômico, com adesão de grandes empresas, disseminando rapidamente no mundo todo. Este movimento convida as corporações a se adequarem a estes novos padrões, dentro dos processos existentes, como forma de promover a preservação do meio ambiente, liderança assertiva e questões voltadas à sociedade. O ESG coloca as organizações como responsáveis por gerar valor para todas as partes interessadas e grupos afetados por suas ações.

Práticas

Na questão ambiental, é necessário avaliar como a empresa usa a sua energia, consome a água, descarta o seu lixo e de que forma seus produtos, insumos e descartes tem afetado as mudanças climáticas. Ações para reduzir a geração de lixo, reaproveitar materiais e/ou reciclá-los para transformar em novos produtos, além de recusar o uso de itens que geram alto impacto ambiental são boas iniciativas, assim como a criação de campanhas para conscientização dos colaboradores e a comunidade acerca ao tema, desenvolvimento de parcerias e criação de um plano estratégico sustentável, com objetivos e metas claras.

A questão social está relacionada aos direitos dos colaboradores, cuidados com a segurança no trabalho, diversidade no quadro de funcionários e relacionamento com a sociedade. Ações para desenvolvimento do voluntariado empresarial, estímulo e realização de doações via Lei de Incentivo Fiscal e promoção de ações criativas de engajamento social são bem-vistas pela comunidade e mercado.

Em relação a governança, avaliar sistema de políticas e práticas pelas quais a empresa é direcionada e controlada, método contábil, medidas anticorrupção, valores éticos, processos mapeados e auditáveis, gestão dos riscos, transparência e investimentos na complience do negócio (que significa estar em conformidade com as leis e normas, tanto internas de uma instituição ou país quanto externas), são algumas ações importantes e que atraem a atenção das pessoas.

Vale destacar que a complexidade tributária é um dos grandes dificultadores e, segundo artigo publicado pela Endeavor (https://endeavor.org.br/), 1 em cada 5 empreendedores do grupo afirmam que a burocracia é o principal desafio do seu negócio, portanto, quanto maior o domínio da gestão legal e fiscal da sua operação, menor será a preocupação com possíveis problemas com o fisco e melhor deverá ser o resultado do seu negócio.

Outra boa prática é convidar as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), especialistas em impacto social ou ambiental, para colaborar e executar as estratégias ligadas ao ESG. A parceria com as OSCs é uma forma rápida e eficiente de executar as estratégias, além de potencializar projetos socioambientais já validados.

Finalizando

Com base nestas ações e práticas, busca-se formas de implementar e mensurar o quanto a empresa está engajada neste processo. Trata de validar se a organização possui consciência sobre o seu papel na sociedade atual, se tem a compreensão da influência que ela exerce, do impacto positivo ou negativo e do valor compartilhado que ela pode gerar por meio dos seus negócios, perante todo o seu ecossistema de relacionamento. Os objetivos e práticas do ESG geram vantagens competitivas, uma vez que, além dos interesses dos stakeholders, estão também alinhados com o novo perfil dos consumidores e consumidoras, trazendo experiências que transcendem o uso do produto/serviço e, assim, gerando melhores experiências e maior engajamento do seu público junto a sua marca.

*Este é um conteúdo independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Customer.

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Marcelo Eduardo Petry

Meu nome é Marcelo Eduardo Petry, no entanto, mais conhecido simplesmente por Petry. Sou casado com a Ailin, pai da Marina e Sofia, curto uma praia, sou fã de soluções simples e não gosto de problemas, por isso trabalho fortemente para não criá-los, mas quando surgem, a dedicação é para resolvê-los rapidamente e, mais ainda, para que não ocorram novamente. Trabalho desde 1995 na CIGAM, onde sou colaborador e acionista, já atuando nos cargos de Programador, Analista de Sistemas e Gerente de Desenvolvimento e, atualmente, no cargo de Gerente de Suporte e Relacionamento, responsável pelo Suporte e Relacionamento com clientes e parceiros da Rede CIGAM. Participo do capítulo RS do HDI Brasil (https://hdibrasil.com.br/hdi-brasil/capitulos-regionais/capitulo-hdi-rio-grande-do-sul-hdirs), que é uma associação global, instituto de ensino, pesquisa e referência no desenvolvimento do segmento de Gestão de Serviços de TI, Service Desk, Suporte Técnico, Workplace Services e correlatos. Nos encontros discutimos sobre melhores práticas de gestão de TI, governança, automação e agilidade, em especial para as áreas de suporte técnico e gestão de serviços de TI. Quando a minha formação, tenho MBA em ‘Administração e Marketing’ pelo Centro Universitário Uninter, Pós-Graduado em ‘Neurogestão Organizacional: Neurociência e Gestão de Empresa’ pelo Centro Universitário Uninter, Graduado em ‘Licenciatura da Computação’ pela Feevale e Formado ‘Técnico em Eletrônica’ pela Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha.

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