Liderança: Ouvir para se conectar
Promover maior sinergia entre as equipes é um dos passos mais assertivos da liderança e, certamente, assegura os melhores resultados. É fundamental darmos visibilidade ao desenvolvimento dessas habilidades em toda a jornada profissional. A liderança exercida de forma atuante se resume em três atitudes: orientar, entregar e desenvolver. Esses são os pontos de ação que levo na minha rotina de trabalho e no desenvolvimento dos meus times. A partir desse olhar, temos uma convergência entre cultura e estratégia, com alinhamentos bem identificados por todos os envolvidos. Isso torna a equipe mais homogênea e mais próxima da operação. E reflete, consideravelmente, na queda acentuada de turnover, estabelecendo-se uma identidade com a organização e ampliando o índice de satisfação e qualidade, valores inegociáveis para as companhias. É a estratégia da empresa apoiando a gestão do líder a ser melhor e mais assertiva.
Isso é comprovado pelo valor dado à experiência do colaborador, o Employee Experience. Hoje, sai na frente a empresa que valoriza esta relação com o colaborador, instigando a motivação e vontade de estar e ser da companhia, criando vínculos fortalecidos e que podem ser amplificados diariamente. Isso é essencial para atingir objetivos e resultados esperados pela organização.
Durante a minha trajetória profissional de mais de 20 anos de atuação nas áreas de treinamento, de qualidade, e dos quais 15 anos foram dedicados à gestão de relacionamento com o cliente, compreendi que o que mais falta na relação direta com o profissional da camada de operação de atendimento é a atenção, a chamada escuta ativa. Ouvir o outro ajuda a direcionar a nossa resposta e assertividade. Às vezes, falta esse elo entre a estratégia da companhia e os colaboradores e nem sempre as informações chegam da maneira esperada a todos. Independentemente do cargo que ocupo, gosto de falar diretamente com a base, pelo menos uma vez por mês, quando me certifico, de fato, que a estratégia está sendo conduzida em sinergia pelo tático e pelo operacional.
Eu costumo dizer à minha equipe que a melhor forma de dar um feedback para um colaborador é você ser duro com o assunto e carinhoso com a pessoa. Do contrário, quem está recebendo aquela informação vai se fechar naturalmente. Uma outra análise que eu faço é ter um olhar mais atencioso para a gestão, fora do convencional, com questionamentos sadios.
Sou adepto dos encontros presenciais com a minha equipe, embora a pandemia tenha alterado algumas dinâmicas. Nossas conversas abrangem, basicamente, algumas perguntas: enquanto gestor, o que devo começar a fazer, parar de fazer e continuar a fazer? E vem boas sugestões, como melhorias em algumas ações. Implementamos novas ferramentas que deixaram mais transparentes as regras de participação em processos seletivos da companhia. Elas passaram a ser adotadas na comunicação com Recrutamento e Seleção, onde ampliamos e facilitamos esse diálogo com os interlocutores; e passamos a reforçar os treinamentos sobre os produtos da empresa, atualizamos o programa de ciclo de melhoria contínua, otimizamos o processo de escala de folgas, entre outros temas que são do dia a dia de todos os colaboradores. Enfim, esses são alguns dos exemplos de retorno dessa relação construída diariamente.
Acredito que a liderança combina habilidades de escuta ativa, comunicação e conexão com a equipe. Um bom trabalho consiste também em uma relação de confiança e respeito, guiada pelo desenvolvimento, feedback, transparência e, claro, liderar pelo exemplo. Isso tudo, quando colocado em prática, entrega além dos resultados esperados pela companhia.
* Luiz Carlos Gomes é diretor de Operações da Necxt Orbitall, empresa do Grupo Stefanini
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