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Novo perfil de consumo pós-pandemia é marcado por pix e e-commerce

O novo consumidor está cada vez mais engajado em compras online e sistemas de pagamentos digitais

A necessidade por isolamento social elevou os índices de compras online e a chegada de novas startups e fintechs ajudaram no processo de digitalização da economia com o aumento dos pagamentos digitais. Além do Pix, novo sistema de pagamentos do Banco Central, que também já movimentou 203 bilhões de reais.

O consumo das famílias, que é mais de metade da riqueza gerada na economia e, no passado, já salvou o país de outras crises, não deverá ser o mesmo após a quarentena”, alerta a professora de MBA em Gestão Financeira pela IBE Conveniada FGV, Mel Girão.

Levantamento online realizado com pelo menos 1,7 mil entrevistados, publicado pela NZN Intelligence, plataforma de inteligência e pesquisa, mostra que 49% dos brasileiros consideram reavaliar seus gastos, sendo que 71% afirmam que pretendem aumentar o volume de compras online.

Quanto ao Pix, desde 16 de novembro, quando começou a funcionar oficialmente, até o momento, já foram realizadas mais de 237 milhões de operações utilizando o sistema. A maioria das transferências foi feita por pessoas físicas: em dezembro de 2020, das 121,5 milhões de operações realizadas, 105 milhões, ou 86%, foram de pessoas física para pessoa física.

Além dos gastos decorrentes da pandemia, o isolamento social provocou mudanças mais profundas no comportamento do consumidor. A vários meses dentro de casa, o consumidor está racionalizando as compras, ou seja, sendo mais seletivo e diminuindo gastos com compras por impulso”, pontua a professora.

Ela explica que a freada nas compras ocorre em um cenário de queda recorde nos gastos das famílias. Além de item importante para o PIB, essa capacidade de consumo é o que faz o brasileiro perceber se está em uma situação boa ou ruim, pois sente que sua vida está mais difícil quando sua capacidade de consumo cai.

Porém, mesmo com a queda de consumo, grande parte da participação que o e-commerce conquistou durante a pandemia veio para ficar, é o que aponta o relatório Global Outlook 2021, da Mastercard.

De acordo com os dados, a expectativa é que de 20% a 30% das operações que migraram das lojas físicas para o meio digital durante o isolamento social vão ser permanentes quando este não for mais necessário, no quadro de pagamentos digitais.

Ainda de acordo com o relatório da Mastercard, os gastos com comércio eletrônico aumentaram de 10% a 16% em seu pico, em comparação com os níveis anteriores à crise. Segundo o presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto, 46% dos brasileiros aumentaram o volume de compras online durante a pandemia e 7% realizaram uma compra online pela primeira vez.

Nessa quarentena, as compras de muitas categorias passaram a ser mais bem planejadas, com isso, o prazo de entrega tornou-se aceitável. A satisfação dos clientes, na faixa de 80%, mostra que o e-commerce tem suprido bem a demanda”, conclui Mel Girão.

Sobre a autora: – Artigo Pagamentos Digitais

Professora Mel Girão da IBE Conveniada FGV

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