Gestão & Liderança

Diferentes propósitos podem se tornar apenas um, sem perder sua essência, dentro de corporações

A palavra “propósito” está muito em voga nos dias de hoje. Buscando em dicionários, existem referências à “intenção de fazer algo, projeto, desígnio”, ou adicionalmente, a aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito. Entre todas as definições, existe uma convergência: nós falamos de pessoas e seus sonhos. Em cada ser humano, mesmo naqueles mais frios, podemos identificar um propósito, cada um tem uma razão única de existir. Uma boa síntese do que é, afinal, o propósito é tudo que fazemos com o coração.

No tempo em que estamos vivendo, é certo que quando fazemos algo com algum tipo de propósito, o impacto é muito maior para um indivíduo ou um coletivo. Este tema ganhou ainda mais relevância no cenário de pandemia pelo qual estamos atravessando. Ter um propósito pode ser uma razão para se levantar todos os dias, sua base é a empatia e o amor. Como profissional da área de Desenvolvimento Humano em grandes Corporações, por mais de 20 anos, a visão de propósito que carrego se aperfeiçoou.

Em grandes empresas, metas corporativas se atrelavam a metas pessoais. Isso não incluía apenas questões financeiras, mas ambições, desejos de felicidade e paixão das pessoas. Ficou claro que, muitas vezes, algo que faz sentido para a empresa não faz para o colaborador. Com esta percepção, dei início a um trabalho de investigação. Me propus a identificar quais eram os verdadeiros fatores que poderiam gerar um motor de transformação, ou seja, como poderíamos alcançar os resultados não só de forma individual, mas também coletiva. Como ter uma equipe engajada e comprometida com o sucesso de todos.

As respostas começaram a vir logo nas primeiras conversas, era nítido perceber que cada colaborador tinha um propósito muito próprio, único e íntimo. Tentar implantar um modelo uniforme de desenvolvimento para todos não conseguia atender os mesmos. Descobrir qual era o fator individual que contribuiria com o coletivo, era a melhor forma de alcançar resultados e desenvolver pessoas felizes. Cada um possui uma motivação única de trabalho, desenvolvimento e criação de sua própria identidade. Para as corporações, o desafio agora é unir suas metas à identificação de propósitos individuais, conciliando ao coletivoPropósitos singulares se tornam um propósito plural e geram impacto e escala.

Aplicando esta vivência e este aprendizado à minha carreira,  deixei as grandes corporações para seguir meu propósito de apoiar pessoas e causas. Esse foi o principal fator que levou à criação da +ETC, meu maior propósito de vida. Mais que uma empresa, é uma forma de ajudar a transformar sonhos em realidade, proporcionar um ambiente colaborativo, criando um modelo plural de Propósito. Pessoas com diferentes propósitos, que defendem causas coletivas ou particulares, podem formar uma comunidade participativa, alternativa, livre e inclusiva. Esse é meu maior desafio daqui para frente.

* Fábia Gobira é uma profissional de RH que foi executiva por cerca de 20 anos em empresas como AMIL,TIM e JLL, entre outras. Ela destaca três características que são fundamentais em seu perfil, para este novo empreendimento. A atuação generalista dentro da área de Recursos Humanos, a expertise em trabalho com startups e o olhar para a diversidade e a inclusão. Ela carrega uma experiência de ter implementado a área de diversidade nas empresas por que passou, criando novas formas de gerir pessoas, com ambientes mais abertos e mais empatia. Fundou a +ETC em 2020 e irá lançar uma plataforma própria de marktplace com propósito em breve. 

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