E-Commerce & Varejo

Será que metaverso é importante para o futuro dos varejistas?

*Por Daniel del Palacio

O metaverso pode parecer um conceito complexo, distante e desconhecido, mas não é um tema novo. Na verdade, muitos de nós já fazemos parte desse mundo que combina o físico e o virtual há muito tempo. Os videogames foram os primeiros a apresentar espaços digitais para interagir com outras pessoas por meio de avatares (projeções individuais online) que nos representam na internet; Second Life, World of Warcraft ou mesmo The Sims desenvolveram esse conceito por décadas.

No entanto, esse conceito ganhou mais visibilidade recentemente por causa dos pronunciamentos de grandes empresas de tecnologia que estão fazendo diversos investimentos no desenvolvimento do metaverso dentro de outros setores que influenciam diretamente o varejo. Isso fez que muitos consumidores ficassem atentos aos avanços tecnológicos e imersivos que virão nos próximos anos, em um universo que, segundo relatório da Bloomberg Intelligence, já é estimado em US $500 bilhões e pode chegar a US $2 trilhões até o fim da década. Uma oportunidade gigante para o bolso das marcas.

Já existem mundos hiper-reais, compras em realidade aumentada e passeios virtuais em 3D. Mas a globalização do metaverso e sua implementação para diferentes gamas de experiências abrem o leque de possibilidades para o comércio eletrônico, pois o metaverso permite experimentar, criar, vender e comprar de uma forma muito semelhante ao que fazemos todos os dias, mas por meio da internet.

De muitas maneiras, o metaverso pode ser considerado a próxima evolução da internet. E, como já aconteceu com outras inovações tecnológicas – como a ascensão inicial do e-commerce, que mudou o cenário dos negócios –, não considerar essa nova realidade e nem entendê-la pode fazer com que algumas marcas do setor fiquem para trás.

Hoje, as empresas têm a oportunidade de se preparar com antecedência e aproveitar ao máximo cada nova oportunidade. Na Adobe, acreditamos que é muito importante que as marcas comecem a compreender o que é o metaverso, como funciona, quais oportunidades ele abre para os setores de cada negócio e os públicos, que tipo de experiências imersivas pode oferecer aos clientes, que tipo de presença o negócio pode ter e, sobretudo, entender que não haverá um único metaverso, mas muitos, acompanhados de múltiplas experiências imersivas. Para que isso aconteça, as empresas devem continuar interagindo por meio de testes e pilotos que possam revelar quais oportunidades de negócios elas têm naquele espaço virtual. A interação é fundamental diante de inovações disruptivas como o metaverso.

Não existe um e único metaverso

Embora o Meta (Facebook) tenha se posicionado sobre o assunto, não existe apenas um metaverso. Na Adobe, prevemos que se desenvolverão experiências digitais permanentes nas quais as pessoas interajam com objetos digitais, ambientes digitais e entre si. Isso pode ser feito por meio de realidade virtual, na qual as pessoas colocam fones de ouvido e entram em um mundo 3D totalmente digital. Ou por meio de realidade aumentada, na qual o mundo da vida real é aprimorado com uma experiência digital, geralmente por meio de smartphones.

O conceito continua a amadurecer e se desenvolver, mas certamente tem potencial significativo para mudar a maneira como trabalhamos, jogamos, compramos e nos conectamos. No entanto, isso será determinado pela adoção global do usuário e pelo acesso à tecnologia que possibilita essas experiências.

Na Adobe, passamos anos ajudando as empresas a oferecer experiências aos clientes em todos os canais atuais, e o metaverso não é exceção. Algumas marcas já estão usando fluxos de trabalho de design 3D, como fotografia virtual com ferramentas como o Substance Stager, não apenas para criar experiências incríveis para os clientes, mas também para tornar o design de produtos e a produção de conteúdo de marketing melhores, mais rápidos e mais eficientes. Nesse sentido, usar essas ferramentas para os fluxos de trabalho de hoje não é apenas fundamental para o sucesso, como também prepara as marcas para o metaverso e para conquistar futuros clientes.

Esse é um processo que traz grandes benefícios para as empresas que buscam a inovação. No design de produtos, é possível eliminar em grande parte a necessidade de construir e enviar protótipos físicos, permitindo que eles sejam testados digitalmente antes de criar uma versão física.

Hoje ouvimos falar de propriedade exclusiva de artefatos virtuais, avatares e até imóveis que já habitam o metaverso. E, na nova economia desse mundo imersivo, esperamos ver um crescimento exponencial no comércio digital. Os clientes querem esses bens digitais, roupas, obras de arte, avatares e imóveis. Por esse motivo, decidimos que a compra, venda e troca desses itens podem passar a ser feitas com o suporte da Adobe Experience Cloud, incluindo recursos do Adobe Commerce.

A aceleração para o digital que vimos nos últimos dois anos é sem precedentes. A economia digital é o motor do crescimento dos negócios em todos os setores, mas as perguntas permanecem: como as marcas podem desbloquear essa oportunidade? Qual é o momento certo para mergulhar na tecnologia? Na Adobe, estamos convencidos de que tudo se resume a fornecer experiências relevantes e consistentes para nossos clientes – que agregam valor, respeitam a privacidade do usuário e são customizadas de acordo com as preferências de cada indivíduo.

*Daniel Del Palacio é diretor de Marketing DX da Adobe Experience Cloud LATAM

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