Gestão de Gente

Burnout existe sim e é sério.

Provavelmente você já ouviu falar em burnout.

Por que o mundo inteiro está falando nisso?

No início de 2022, a Organização Mundial de Saúde alterou a classificação do burnout (que até então ainda não era uma doença catalogada), passou a entender a síndrome como uma doença ocupacional. Além de trazer à tona com mais seriedade sobre o assunto, a alteração traz mudanças na forma como as organizações devem lidar com a questão.

Vamos falar sobre isso?

Também conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, o burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão absoluta do indivíduo, sempre relacionada ao trabalho.

A síndrome de burnout pode afetar qualquer profissão. Grandes candidatos a desenvolver o problema são os famosos workaholics, aquelas pessoas que vivem para o trabalho e possuem níveis de exigência muito altos com ideias perfeccionistas. Profissões que apresentam um impacto direto na vida de outras pessoas podem ser mais afetadas.

Embora cada vez mais comum, é importante que a doença não seja normalizada ou romantizada. Existem, afinal, formas de prevenir o problema. Um clima organizacional agradável e experiências profissionais positivas reduzem consideravelmente as chances da doença se desenvolver, mas não as anulam.

A cultura do excesso de trabalho está nos matando lentamente. A pressão, somada ao cansaço mental e até mesmo às más lideranças, está tornando o ambiente de trabalho cada vez mais prejudicial para a saúde.

Ambiente tóxico de trabalho, alto volume de demandas para dar conta e assédios são alguns dos problemas nas rotinas dos colaboradores que podem gerar estresse crônico, resultando em prejuízos à saúde e ao cumprimento das atividades.

Ao conjunto de sintomas apresentado pelo indivíduo é diagnosticado como síndrome de burnout.

O Instituto Harris ouviu mais de 6 mil pessoas ao redor do mundo, em 8 países, incluindo o Brasil. Foram inclusive os brasileiros que responderam ter a maior sensação de burnout de acordo com a pesquisa: 44% dos respondentes disseram que a pandemia aumentou esse sentimento de exaustão em relação ao trabalho. Na sequência, vêm Singapura (37%), Estados Unidos (31%), Índia (29%) e Austrália (28%).*

Uma outra pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que analisou o impacto da pandemia e do isolamento social na saúde mental de trabalhadores essenciais, mostrou que sintomas de ansiedade e depressão afetam 47,3% desses trabalhadores durante a pandemia, no Brasil e na Espanha. Mais da metade deles (e 27,4% do total de entrevistados) sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se tratou de doenças mentais no ano anterior.

Segundo a OMS, no Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão e até 2030 essa será a doença mais comum no país.

A Síndrome de Burnout ou esgotamento profissional também vem crescendo como um problema a ser enfrentado pelas empresas e, de acordo com um estudo realizado em 2021, cerca de 30 mil brasileiros pediram afastamento médico no ano por doenças mentais relacionadas ao trabalho.

As dúvidas sobre a questão foram tão intensas que as buscas pelo termo “burnout” no Google cresceram em 2021, atingindo popularidade máxima de 100%.

A procura por testes para essa síndrome aumentou em mais de 400% no ano e o interesse por saber mais os sintomas da síndrome de burnout aumentou repentinamente ficando no topo das pesquisas sobre o assunto no Google Trends.
“A pessoa com burnout não sente vontade de levantar da cama para trabalhar, além de poder apresentar dor de cabeça e ansiedade, a autoestima fica baixa, o indivíduo deixa de acreditar em si e no seu potencial. É uma síndrome que tem relação com o trabalho”, explica a psicóloga clínica e doutora em Medicina, Sívia Cal.

Diante dos dados expostos, fica claro que a saúde mental precisa ser assistida. De acordo com alguns especialistas no assunto, o que devemos fazer é combater a causa ao invés de ficar apenas assistindo e negando a doença.

Uma das questões que mais atrapalham o diagnóstico e a cura é o estigma de que aquele que adquiriu a doença é o culpado e isso se deu por algum motivo relacionado à fraqueza.

Um dos fatores que podem protelar um tratamento é a não observância do início de uma doença – e a negação de sua existência. Quanto mais rápido percebê-la, mais rápido será a reversão e, por consequência, sua cura.

Uma forma de revertê-la é aprender a usar efetivamente a emoção da tristeza que, por definição, serve para nos alertar quando algo em nossa vida precisa de cuidados e soluções.

O tratamento da síndrome de burnout envolve antidepressivos e psicoterapia. A recomendação dos especialistas é de que a pessoa repense suas rotinas para melhorar a qualidade de vida com a prática de atividade física regular, exercícios de relaxamento, alimentação saudável, manutenção de hobbies e contato maior com amigos e familiares.

Ao notar cansaço excessivo, físico e mental, dores de cabeça frequentes, alterações no apetite, insônia recorrente, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante e sentimentos de derrota e desesperança, busque ajuda!

• Fonte revista exame

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Athayde Mendonça

Athayde Mendonça é HEAD de ESG na NSTECH. Foi Gerente de Desenvolvimento Humano & Marketing na Brasil Risk. Possui mais de 21 anos de carreira profissional desenvolvida na Área de Desenvolvimento Humano Organizacional. Formado em Administração de Empresas, Pós Graduado em Recursos Humanos e possui MBA em Gestão de Pessoas. Atualmente está se graduando em Marketing.

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