Gestão de Crise em 5 Elementos Fundamentais em Tempos de COVID-19
Após a forte onda do Covid-19, as relações de trabalho, empresas, liderança e empatia jamais serão as mesmas no mundo.
Segundo a avaliação prevista pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o consumo global será fortemente afetado em decorrência a pandemia do novo COVID-19 (Conoravírus).
Grandes prejuízos estão projetados para as empresas no mundo que por consequência, estima-se em um cenário pessimista de aproximadamente 25 milhões de novos desempregados no mundo.
As projeções foram norteadas em diferentes panoramas sobre o impacto do Covid-19 no crescimento econômico. A previsão otimista projeta 5,3 milhões de novos desempregados e na mais pessimista atingindo o patamar de 24,7 milhões.
Também aferida a previsão do aumento substancial do subemprego, assim como a redução de jornadas de trabalho e por consequência dos salários no estudo.
Todos estes fatores, já estão obrigarão as empresas a reverem seus modelos e atuarem fortemente uma gestão de crise em todos os níveis com uma rápida e transparente comunicação de política.
Diversas empresas estão migrando suas operações para home office visando o isolamento populacional e segurança de seus colaboradores.
Tal ação, transforma fortemente o modelo de gestão que passa a ser, em sua grande maioria, por projetos, demandas e metas puramente, visto que o gestor passar a ser obrigado a criar novos laços de confiança, uma vez que não está presencialmente ao lado do colaborador.
Após a forte onda do Covid-19, as relações de trabalho, empresas, liderança e empatia jamais serão as mesmas no mundo. O alto conselho e gestão necessitam atuar de forma enérgica e estudando todos os cenários possíveis de projeção para cada um de seus produtos, analisando os impactos que terão em suas receitas.
Estamos em uma situação jamais vivenciada mundialmente e não comparável em escala quando estudamos outras pandemias. Trata-se de um novo panorama, onde a intensidade e fluxo de informações são em tempo real e em esfera mundial, sem modelos anteriormente testados.
O momento solicita cautela e estruturação uma gestão efetiva de crise em sua empresa.
A criação e implantação de uma gestão de crise irá facilitar a organização e controle para enfrentar e desmistificar os cenários e incógnitas que certamente irão surgir.
Atuando com uma comunicação padronizada para as equipes, posicionamento da marca frente ao mercado, realinhando os novos papeis da liderança com equipes remotas e atuação como catalizador para o gerenciamento das emoções em momentos mais sensíveis.
1-) A Gestão do Vetor de Tempo
Como em todo o início crise, o caos ocorre com as grandes incertezas e informações que não estão claras. Uma nuvem desencontrada de informações toma conta da empresa sendo necessária uma rápida ação, pois o tempo é determinante.
Um dos graus que determina um bom gerenciamento de crise é o tempo, ou seja, com que rapidez tomaremos as decisões iniciais com um plano de comunicação estruturado e projeções de quando saímos da crise interna.
Fatores externos, como o que estamos vivenciando Covid-19 são adversos a vontade da empresa, o que reforça a necessidade da orquestra interna estar extremamente sincronizada e afinada junto ao seu maestro.
Este comitê de gestão de crise, alinhado ao conselho administrativo, atuará de forma a construir a melhor estrutura e análises considerando de forma ágil, todas as vertentes para o novo cenário.
Ponto importante a salientar é que como não podemos prever 100% de todos os fatores externos, é de suma importância que sua empresa tenha um score mínimo de plano emergencial, não só visando o curto prazo, mas também o médio e longo em uma construção constante e sólida.
Em momentos de pico de crise ou choque, como o que estamos vivenciando, é necessário rever as prioridades com tomadas de decisões ágeis e em tempo real, sempre com o verdadeiro exame de maturidade para considerar também e ter ciência dos impactos internos das decisões tomadas hoje.
A maneira como reagimos ao caos visando o sucesso não se aplica apenas ao uso de prontas soluções de mercado, mas a tomada de decisão e o gerenciamento do fluxo assertivo de informações adaptadas à nova situação e realidade de sua empresa, em um panorama que jamais foi testado antes.
Ponto importante a salientar é que a ausência de procedimentos padronizados em situações adversas, pode aflorar ainda mais os impactos internos das crises por fatores externos. Mais um item, que reforça a necessidade da agilidade e tempo.
2-) A Gestão da Equipe de Crise
Os responsáveis por gestão de crise devem ser nomeados de forma ágil ao primeiro indício confirmado de crise, caso a empresa já não tenha um time pré-determinado a este fim.
O time formador de choque deverá incluir colaboradores que contemplem amplo conhecimento da empresa, de suas ferramentas, possuir visão estratégia de risco em curto, médio e longo prazo, ser analítico na tomada de decisão rápida, extremamente racional, ágil, se antecipar as ameaças potenciais e criarem cenários alternativos para readequação em caso de necessidades adversas.
Tal equipe, deve ser altamente capaz de tomar decisões com eficiência, controlar energicamente as situações e reagir rapidamente a fatores externos que não estão sob controle da empresa, pois novas informações continuam a surgir o tempo todo, mas a vida interna da empresa necessita continuar. Tal time, também tem a missão de ser o porta voz interno para que a orquestra se mantenha muito afinada.
Ponto fundamental a salientar é que o time estratégico de gestão de crise, não deverá ser o mesmo que opera em conselho administrativo em condições normais de operações. Neste momento, não é recomendado se basear somente em intuição, calor do momento ou replicar modelos que estão operando em outras empresas, sem antes analisar o seu cenário interno.
Em choque de crise, é importante que as equipes não tenham medo das decisões ou mesmo de adequar os arranjos anteriores, fazer muitas perguntas e discutir soluções baseados nos dados e projeções internas e externas com cautela e racionalmente sempre. Tal time, não deverá jamais se contaminado pelo calor ou emoção da situação para manter o foco nas análises do negócio e não ter recomendações baseadas na emoção.
3-) A Gestão das Informações em Crise:
Um desafio grande dos times de gestão de crise é atuar e lidar com um grande número de informações ao mesmo tempo, de fontes diferentes e muitas vezes desconexas.
Novamente racionalidade e cautela para analisar se as informações estão dentro de sua competência, validar a fonte de credibilidade de tais dados, além do risco e gravidade em um primeiro momento.
As empresas devem ser concentrar nas informações que são importantes e que envolvem a tomada de decisão para o seu negócio. Diante do cenário, racionalmente analisar os dados, risco e com coragem tomar uma decisão com todas as suas consequências para após, acompanhar seus efeitos muito de perto.
Novamente, é fundamental a transparência interna e a forma de comunicação com todos os colaboradores da empresa. Tal comunicação deve ser contínua, transparente, sistemática e de fácil entendimento, sem deixar margens para duplas interpretações, de forma a trazer calma interna para a empresa.
Um gerenciamento eficaz e preciso das informações, possibilitará uma melhor análise do novo cenário de forma a proporcionar uma maior segurança nas decisões e por consequência refletirá com melhores chances de estabilizar a receita em choques, minimizando os riscos econômicos, o que, por sua vez, permitirá a continuidade dos negócios a longo prazo.
Outro ponto fundamental é a comunicação da marca frente aos clientes e mercado com as ações que estão sendo tomadas de forma muito segura. Ações que assegurem a experiência do cliente e jornada devem ser preservadas de forma a garantir neste momento a continuidade dos clientes atuais da base com total satisfação.
4-) O Gerenciamento das Emoções em Momentos de Crise:
O fator humano emocional é um ponto extremamente importante que deve ser considerado com relevância internamente na gestão de crise. Nestes momentos, as emoções podem ficar afloradas não sendo benéfico nem a empresa e nem a gestão dos time e áreas. O medo, a sensação de inutilidade, a ansiedade, as incertezas sobre o futuro, a imprevisibilidade e o pânico, podem surgir e são típicos de situações de crise graves. Fundamental que o time de gestão de crise tenha total maturidade e calma ponderando e filtrando as emoções.
Estabelecer um canal constante de comunicação com os colaboradores é primordial e deve ser rápido. O alinhamento de tarefas claras aos times, a apresentação transparente do plano de ação dentro do que cabe a alçada de cada área e alinhar o evolutivo das ações com os pontos focais dos departamentos, auxiliará muito em manter o ambiente saudável e produtivo para os colaboradores.
O modo com que as informações são transmitidas será essencial e deverá disseminar segurança, controle, calma e precisão. Garantindo assim, o entendimento adequado das informações e necessidades atuais para todos os colaboradores.
A comunicação deverá ser exclusivamente de informações que a marca possui certeza. Os planos que ainda estão em análise primária, devem ser muito bem analisados se condizem serem abertos, pois podem gerar novos questionamentos e inseguranças, o que não é o foco no momento.
5-) O Papel do Líder em Cenário de Crise:
O papel da liderança da gestão de crise e demais lideranças da organização são decisivas em momentos críticos das empresas. Não há como prover com uma gestão de crise sem lideranças fortes e o papel do líder do time de crise se sobressai ainda mais. Ele será o personagem que comandará a orquestra nos momentos mais complexos e conturbados da instituição.
Tal figura não é necessariamente o presidente da empresa ou o corpo de conselheiros, muito pelo contrário, geralmente não é a mesma pessoa. Importante considerar que tais representantes podem não estar presentes e a organização necessita caminhar adequadamente, mesmo em cenário de crise.
Nesse momento em choque, este profissional necessita apresentar uma alta capacidade para ultrapassar os desafios, reforçar o espírito de equipe, fortalecer alianças entre as áreas, apresentar alta confiança interna e externa nas comunicações, alto senso de urgência, maturidade nas gestões das emoções, analisar os impactos e riscos ao negócio, garantir a geração de receita da empresa, além de ser um exímio comunicador focando a calma e minimizando os impactos negativos da crise.
Este profissional possui também a responsabilidade de engajar os times internos que em momentos severos são ainda mais exigidos, sempre com total foco nas pessoas, na produtividade e receita geral da empresa, sendo assim diferenciados totalmente.
Neste artigo, exploramos cinco elementos que são fundamentais para a gestão de crise nas organizações e que serão decisivos para a permanência de muitas empresas após a turbulência da pandemia do Covid-19.
O momento nos exige muita empatia e está transformando completamente o modelo organizacional do mundo, onde após onda do Covid-19, teremos novas políticas de relações de trabalho, o modelo home office em atuação, um novo modo de gestão de liderança, projetos e times, além de um outro patamar do que se entende de fato como empatia, seja ela nas nossas relações pessoais ou coorporativas.
Como está a gestão de crise em sua empresa?
Fique à vontade em me escrever e tirar suas dúvidas!