As corporações engajadas e o fator crucial: o relacionamento humano
Erica Castelo, Headhunter Internacional e CEO da The Soul Factor explica a necessidade de uma empresa entender que o centro de qualquer estratégia de negócios é, mais do que nunca, o humano
Tudo o que uma empresa precisa saber é: como lidar com as crises? Qual caminho seguir? As estratégias podem variar, mas o que garante mais produtividade e engajamento nas corporações de sucesso passará, sem dúvida, por uma questão ainda mais crucial: o que os colaboradores pensam sobre as direções a serem tomadas e o relacionamento humano? O que eles realmente querem?. É o que salienta Erica Castelo, Headhunter Internacional e CEO da The Soul Factor.
A especialista afirma que não há uma fórmula mágica para lidar com esse contexto, mas que há peculiaridades acerca de expectativas, desejos e possibilidades. A chave é simples, deve focar-se no fator crucial que vem mudando o âmbito corporativo nos últimos anos: o humano. Erica Castelo explica a ótica do que isso significa na prática.
‘’O profundo conhecimento da persona, hoje tão falado no Marketing, precisa ser empregado olhando também para dentro das organizações. Antes não se falava tanto em estratégias focadas nas pessoas – neste caso, o colaborador- ‘’Como o autor Simon Sinek ilustra com maestria: ‘100% dos clientes são pessoas. 100% dos seus funcionários são pessoas. Se você não entende as pessoas, você não entende de negócios’, ou seja, cliente ou funcionário, valorizar a experiência humana é a base de qualquer estratégia’’, comenta.
A headhunter aponta que, como na relação Marketing e consumidor, as novas tecnologias também possibilitam uma revolução entre o RH e o colaborador.
“O que já era uma discussão há anos sobre o papel do RH mais estratégico e tecnológico, hoje foi turbinado por uma grande mudança no foco do uso de tecnologias que servem não simplesmente para automatizar processos, mas que vão além no entendimento dos colaboradores, seus comportamentos e motivações dentro (e fora) das organizações. Assim, surgem ações que melhoram a experiência e satisfação dos funcionários, estreitando os laços empresa-colaborador”.
De acordo com Erica Castelo, nem todas as organizações mudaram seu mindset corporativo para acompanhar essa tendência junto ao relacionamento humano. Para essas empresas mais paradas no tempo, as novas tecnologias podem até ajudar na produtividade do RH, mas ainda falta o grande diferencial
‘’Não são só os colaboradores que precisam de novos skills. Inspirados pela necessidade de ouvir mais os funcionários, em função de um lockdown forçado pela pandemia, as empresas também podem aprender a exercitar com mais frequência a empatia, a escuta ativa’’, analisa a especialista.
Esse conceito indica que as verdadeiras empresas de sucesso adotam soluções criativas quanto a estilos de trabalho ou benefícios, adequam perfis diversos de colaboradores, e entendem o porquê de suas necessidades e o que esperam das organizações junto ao relacionamento humano.
‘’Muita gente me pergunta se o trabalho remoto será irreversível. E a resposta é: ninguém sabe. O que é irreversível mesmo é a necessidade de ouvir a voz dos colaboradores. Ganhará a guerra de talentos (e de mercado) quem entender melhor de gente, não de processos’’, finaliza.
Sobre Erica Castelo
CEO da The Soul Factor, uma empresa de Executive Search exclusiva, sediada nos EUA com alcance global, especializada em encontrar talentos para organizações multinacionais, digitais ou em transformação digital, Erica Castelo possui especialização em Design Thinking pela Stanford University Graduate School of Business, MBA em Marketing pela ESPM, Formação em Administração pela FGV e certificação como coach internacional pela Coach U University (USA).
Mais informações: https://www.thesoulfactor.com