A importância do (re)branding no mercado B2B
Estratégias de branding no mercado B2B, aquele que fala de empresa para empresa, são muito mais importantes do que se imagina. Isso se mostra ainda mais relevante num setor como o de tecnologia, que está em ascensão e que se desenvolve em um ritmo e velocidade alucinantes. Branding é o que representa a empresa e os sentimentos que ela transmite. Por mais que a atuação seja focada num CNPJ, existem CPFs trabalhando para que tudo se movimente e tenha o melhor encaixe possível.
No mercado B2C, como a venda é direta ao consumidor final, o trabalho de marca é mais focado no emocional. Recentemente, vimos grandes nomes do varejo mudarem a logomarca para se aproximarem dos consumidores e se manterem atuais, atemporais. No mercado B2B, principalmente no segmento de tecnologia, as marcas têm muito foco nas bases com as quais a empresa é construída e como a logomarca traduz isso. Mas não existe CNPJ sem CPF. Precisamos mudar a nossa conversa.
Essa percepção pode ser vista em pesquisas recentes sobre Branding. Um estudo global desenvolvido pela Deloitte, chamado “2021 Global Marketing Trends: Find your focus”, mostrou que as empresas que atuam com modelos de negócios dinâmicos e agem com transparência, pautadas na confiança e na experiência humana, têm mais chances de serem melhores sucedidas no mundo pós-pandemia.
No último ano, temos observado grandes transformações na economia e, principalmente, em como nos comunicamos. Colocamos as pessoas com as quais nos relacionamos em primeiro lugar. Hoje, se faz mais do que necessário mostrar a evolução dos serviços oferecidos, o impacto positivo que as soluções causam no ecossistema de parceiros e clientes e, sobretudo, como a empresa enxerga o futuro desse mercado. Claro, colocando o cliente no centro de tudo.
Entrei na Omie há 3 meses e ganhei um grande e generoso desafio: o rebranding de uma empresa líder no mercado de SaaS (software as a service), com uma solução única e com um propósito extremamente relevante para o cenário brasileiro: transformar o empreendedorismo no nosso país.
Vou fazer um paralelo com as redes sociais, que nasceram para dar protagonismo para todos que queiram. Qualquer um que a utilize bem, pode se tornar um influenciador. Da mesma forma que qualquer um também pode ser influenciável. E foi a partir desse boom que as pessoas passaram a buscar nas empresas um estilo de vida. Buscar marcas que conversem com sua essência, com quem elas são de verdade.
O desafio, principalmente para as empresas de tecnologia, é tratar com equalidade os seus clientes, ou seja, oferecer igualdade e equilíbrio, igualitário e homogêneo. O mundo mudou. Estamos muito mais tecnológicos, mas devemos nos manter humanos. É importante usar uma linguagem universal, que acolha o cliente. Marcas são atemporais, por isso é necessário seguir acompanhando a evolução das pessoas e da sociedade.
“If you are not moving forward, the world is passing you by”
(Se você não está se movendo para frente, o mundo está te ultrapassando)
John C. Maxwell
*Camila Mateus é diretora de marketing da Omie, plataforma número um em gestão (ERP) na nuvem do Brasil.