Identificação digital facilita, protege e agiliza a experiência do consumidor
A identificação de indivíduos sempre foi uma necessidade para a formação, organização e controle da sociedade. Mesmo nos tempos mais remotos, o registro de casamento e óbito de cidadãos, por exemplo, já era feito, mas somente pelas igrejas católicas. O primeiro registro civil (que atualmente é chamado de RG – Registro Geral) foi emitido em 1907 e trazia informações, como nome, filiação, impressão digital e até marcas peculiares, como cicatrizes.
Desde o último século, entretanto, os sistemas de identificação têm se modernizado e a tecnologia passou a ser uma das grandes aliadas nesse desenvolvimento. Mas temos que reconhecer que os processos de identificação nunca evoluíram tanto quanto nos últimos anos, a partir dos desafios trazidos pela pandemia.
O fechamento de instituições públicas, agências de banco, cartórios e afins permitiu que a identificação e certificação da população fosse feita à distância, o que escancarou a porta de entrada para o ID Tech. O conceito por trás do termo é simples: identificação digital, que funciona tanto para pessoas físicas quanto para empresas e comércios.
Hoje, já é possível, por exemplo, por meio de reconhecimento facial e biometria, abrir empresas sem sair de casa ou pedir uma segunda via de documento pessoal. Além disso, transações bancárias, emissão de documentos e assinaturas podem ser feitas com o auxílio de instrumentos de certificação de identidade.
Levando para o mundo do varejo, quando observamos o uso do ID Tech com foco em vendas online, percebemos que a jornada do cliente passa a ser muito mais fluida, segura e ágil. Na hora de realizar uma compra, o consumidor que antes precisava inserir seus dados pessoais e bancários, com o auxílio de recursos de ID Tech, consegue ser automaticamente redirecionado para o check out, sem burocracias e com a segurança de que suas informações estão protegidas.
Para e-commerces, há ainda a opção de adquirir uma ferramenta de segurança digital chamada SSL. A sigla, originária do inglês Secure Sockets Layer, é responsável por comprovar que aquele determinado site oferece comunicação segura com o servidor, o que potencializa a confiança do consumidor.
O que algumas pessoas podem não saber é que a tecnologia que permite o acesso a esses benefícios chama-se certificado digital e consiste num arquivo eletrônico que funciona como uma identidade virtual para empresas e pessoas físicas, garantindo autenticidade, confidencialidade e integridade de informações em transações online. Essa tecnologia permite que os usuários utilizem toda uma cadeia de serviços que antes só poderiam ser feitos de forma presencial. No caso de empresas, o certificado é algo tido como obrigatório, já que nem mesmo é possível emitir notas fiscais sem esse recurso.
A propósito, a adoção do certificado digital no varejo brasileiro tem sido estimulada pelo governo federal, que tem criado iniciativas para tornar o ambiente virtual mais seguro e confiável. Uma dessas iniciativas é a obrigatoriedade da emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFCe) para todas as empresas do país que só pode ser feita com o uso do certificado digital.
O que vale destacar, por fim, é que seja uma empresa pública ou privada, da indústria ou do varejo, PME ou companhia de grande porte, o fato é que os sistemas de identificação seguem evoluindo e é preciso que todas as empresas não apenas acompanhem, mas que estejam na vanguarda dessas mudanças. Tudo o que for proposto para aprimorar a experiência do cliente, otimizar seu tempo e facilitar os acessos, sem abrir mão da segurança, deve ser feito já.
* Ricardo Pinho é diretor executivo da Linx Bridge, com 25 anos de experiência na indústria de software e foco em serviços, sucesso do cliente, sistemas ERP e transformação digital.